Hipertireoidismo felino
- 17 mar 2022
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Quem não gosta de ver um cachorro ou um gato bem forte, ou melhor, bem fofo? Todo mundo acha bonito, mas por traz de toda a fofura existe um problema sério que vem afetando muitos pets brasileiros: a obesidade, capaz de trazer uma série de doenças para o animal.
Por aqui, a estimativa é de que mais de 30% dos pets, ou seja, mais de 22 milhões cães e gatos, se levarmos em conta os últimos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou a existência de cerca de 74 milhões de animais nos lares do país.
A obesidade já é um problema comum para muitos cães e gatos e suas consequências vão desde a intolerância para realizar uma atividade física até problemas cardiorrespiratórios, artrites e diabetes, além de doenças renais ou hepáticas.
Embora muitos animais se alimentem de rações balanceadas, o número de animais obesos tem assustado especialistas da área de Medicina Veterinária. A obesidade pode ser causada por inúmeros fatores como predisposição da raça, desequilíbrios hormonais ou castração.
Mas o principal responsável é a ingestão de energia maior do que a necessidade do animal, provocando o armazenamento da energia em forma de gordura. Aliado a este fator, temos ainda como causas mais comuns da obesidade os excessos e o sedentarismo.
Algumas raças de cães, entretanto, têm mais predisposição à obesidade, como Dachshund, Beagle, Cocker Spaniel, Labrador, Collie, Golden Retriever, Rottweiller, Bernese Mountain Dog e São Bernardo.
O avanço da idade do animal também é um outro fator de risco. Segundo boa parte da literatura da Medicina Veterinária, a obesidade e o sobrepeso têm maior incidência em animais entre cinco e 11 anos de idade.
A castração também pode aumentar a taxa de incidência de obesidade, porém é um procedimento muito importante e que previne uma série de doenças e traz muitos benefícios e melhora a qualidade de vida dos animais em outros aspectos.
A avaliação da obesidade não deve ser feita somente pelo peso. A questão também passa pelo perfil e porte físico das diversas raças de cães e gatos. O melhor método, de acordo com os especialistas, é fazer a medição do estado corporal do pet.
Isso é possível porque dessa forma se usa parâmetros técnicos para medir, por exemplo, o acúmulo de gordura na região da anca e costela do animal. Com isso, os dados são colocados numa escala de vai de um a cinco, ou seja, do muito magro para o muito gordo.
Com o crescimento da obesidade animal, as clínicas têm buscado inovar para ajudar a manter o pet em forma. Por exemplo, atividades como esteira, caminhada, hidroterapia, prática de esportes e brincadeiras, com o devido monitoramento do veterinário, são utilizadas.
Apesar das inúmeras atividades existentes, o tratamento para fazer o cão ou gato perder peso exige uma boa dose de envolvimento dos donos. Esta, de acordo com os especialistas, é uma das etapas do processo, junto com as atividades físicas, a mudança da dieta e a adoção de novos hábitos.