Hipertireoidismo felino
- 17 mar 2022
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A fumaça do cigarro — não é nenhuma novidade — traz inúmeros problemas de saúde aos fumantes e, de quebra, aos que convivem com essas pessoas. E essa convivência inclui todos os moradores de uma casa, até os animais de estimação.
Uma vez expostos à substância, cães, gatos, aves e outros pets podem desenvolver sérios problemas respiratórios. Especialistas alertam que a situação que envolve os animais pode tomar graves proporções por conta da proximidade entre o pet e seus donos.
Além disso, os mesmos cuidados que as pessoas devem ter com crianças alérgicas ou com problemas respiratórios, devem ser dedicados aos bichinhos. Várias pesquisas mostram forte ligação entre o tabagismo e doenças respiratórias, tanto em cães como em gatos. Outros animais, como as aves, podem sofrer com queda de penas, automutilação por estresse e diminuição do canto.
No caso dos felinos, a exposição à fumaça do cigarro deixa-os mais propensos a desenvolver linfoma, um tipo de câncer que ataca o sistema imunológico. A doença mata três em cada quatro gatos dentro de um ano após o diagnóstico. Nos que apresentam bronquite asmática há grande aumento das crises respiratórias, que podem levá-los à morte por insuficiência respiratória aguda.
Outro problema que agrava a situação dos gatos, segundo a veterinária, se dá por conta do hábito de se lamber: como a fumaça do cigarro apresenta centenas de substâncias tóxicas que ficam em suspensão no ar, elas acabam grudando nos pelos do felino que, ao se lamber, as ingerem.
Com o tempo, o animal pode chegar a desenvolver câncer na boca. No restante dos animais, os casos mais comuns são os de bronquite alérgica, rinites e problemas dermatológicos como coceiras, lesões de pele e córneas.
E como o tempo de vida dos animais é mais curto, a doença se desenvolve mais rapidamente. Outro tipo comum de doença é a antracnose, uma lesão provocada por partículas dos poluentes da fumaça que se instalam nos pulmões, criando pigmentos negros que podem levar a desenvolver o câncer de pulmão”, ressaltou.
E quem mais sofre com esses problemas são os animais de focinho curto, que não filtram bem o ar. Já os de focinho comprido, tendem a sofrer tumores nos seios nasais.
Os animais de pequeno porte que passam mais tempo com os tutores e têm acesso ao interior da residência, ficam mais suscetíveis aos malefícios causados pela fumaça do cigarro.
O fato, no entanto, não está relacionado à genética ou à predisposição racial. A primeira solução para tais problemas, é claro, seria a suspensão total do fumo, para o próprio bem do fumante e das pessoas ao seu redor.
Ao perceber comportamentos estranhos no animal, como tosses e espirros frequentes ou lesões de pele, os donos devem redobrar os cuidados e levar o pet ao veterinário de confiança o mais rápido possível.