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Hipertensão: doença de alto risco para cães e gatos

  1. 05 ago 2015
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Hipertensão: doença de alto risco para cães e gatos

Quando se fala em hipertensão, o Brasil aparece como um dos destaques negativos no campo da saúde mundial. Silenciosa, a doença afeta uma em cada cinco pessoas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas não só as pessoas sofrem com este mal: cães e gatos também estão sujeitos aos efeitos provocados pela pressão alta.

A questão torna-se cada vez mais séria em função do aumento da população de animais com idade mais avançada, o que aumenta o risco de contração de uma série de doenças degenerativas, como a hipertensão arterial sistêmica, que nem passa na cabeça dos donos de que isso possa acontecer.

Assim como nos seres humanos, a hipertensão tem um efeito devastador também para os animais, pois é capaz de causar uma série de lesões em órgãos como cérebro, rins, olhos e no coração. Da dor de cabeça constante à cegueira, passando por um AVC (acidente vasculhar cerebral), derrames e insuficiência renal, os impactos são diversos.

Difícil identificação

Um ponto sério para tratar o problema é a dificuldade de identificá-la em cães e gatos. Nos animais, é bom lembrar que a doença é secundária, sendo decorrente de uma série de outros males. 

No caso dos cães, a hipertensão está mais relacionada à doença renal crônica, hiperadrenocorticismo (doença da supra renal), obesidade e da diabetes. Em gatos, costuma estar associada à doença renal crônica, cardiopatia e ao hipertiroidismo.

Alguns dos sinais mais comuns são cansaço constante, sem motivo aparente; tosse constante e tentativas de vômito; dificuldade de respirar; intolerância a fazer exercícios. Quando ocorre uma crise de hipertensão, indícios característicos são desmaios, fraqueza, sangramentos pelo nariz e presença de sangue na urina.

Como fazer o exame

Embora seja de difícil identificação, os recursos disponíveis na Medicina Veterinária facilitam a obtenção do diagnóstico. A pressão de cães e gatos é medida com o uso de um aparelho chamado Doppler, com tecnologia capaz de amplificar o som da pulsação.

No entanto, uma série de fatores podem mascarar de certa forma o diagnóstico. Entre eles estão o estresse, a tensão e as dores, fatores que, muitas vezes, exigem a repetição do exame. Os veterinários recomendam que este tipo de exame seja feito em animais com mais de cinco anos de idade.

Tratando a hipertensão

Uma vez diagnosticada pelo veterinário, o animal precisa iniciar imediatamente o tratamento. O tratamento e o controle constante da pressão arterial de cães e gatos evitam riscos de agravamento de doenças crônicas ou mesmo a morte do animal.

O tratamento da hipertensão entre cães e gatos é bem parecido como o feito para os humanos. Pode ser feito à base de medicamentos que devem ser tomados diariamente, além dos cuidados com exercícios físicos que devem ser feitos com moderação e de acordo com a recomendação feita pelo veterinário.

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