Hipertireoidismo felino
- 17 mar 2022
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A obesidade é resultado do excesso de energia obtido pela alimentação, em relação ao gasto energético do animal. Este desequilíbrio pode ter origem no próprio animal (doença, problemas comportamentais), mas também em fatores associados ao proprietário.
A obesidade canina é diagnosticada através do peso e da silhueta. Por definição, um cão obeso apresenta um acúmulo de gordura responsável pelo aumento do peso em pelo menos 15% a 20%, em relação ao seu peso ideal.
Na espécie canina é difícil definir um peso ideal, uma vez que este apenas foi estabelecido para os cães de raça. Dessa forma, nos basearemos, principalmente, na observação e na palpação das costelas:
# costelas palpáveis, mas não visíveis: peso ideal
# costelas dificilmente palpáveis: excesso de peso
# costelas não palpáveis: obeso
Diagnóstico especializado
A obesidade requer o diagnóstico por parte do médico veterinário. São três as principais causas da obesidade canina:
# Uma afecção sistêmica, como o Diabetes mellitus, a disfunção da tireóide ou das supra-renais (bastante raro) ou, com maior frequência, a administração contínua de progestágenos, utilizados para prevenção ou interrupção do cio das cadelas. É fundamental fazer o diagnóstico e tratamento destas afecções antes de iniciar um programa de emagrecimento do animal, sendo por isso essencial o acompanhamento médico veterinário.
# Um distúrbio comportamental grave, passível de aumentar consideravelmente a ingestão alimentar (bulimia), ou problemas como a agressividade, a desobediência ou comportamentos destrutivos, que levam o proprietário a manter o animal em casa, diminuindo assim o exercício físico deste. Em casos desta natureza recomenda-se a consulta à um clínico especializado em Medicina Veterinária Comportamental.
# Fatores relacionados ao proprietário, que por falta de disponibilidade para passear ou brincar com o cão, induz involuntariamente a um comportamento alimentar inadequado. É muito importante detectar e corrigir estes fatores de modo a restabelecer o peso ideal de forma duradoura.
Qualquer cão que evidencie um excesso de peso visível deve emagrecer. É fácil perceber que um cão de 5 kg, que agora pese 6 kg, já apresente uma sobrecarga ponderal de 20%, assim como uma mulher de 60 kg que pese 72 kg! Por isso não se deve hesitar em observar e palpar os cães para detectar um eventual excesso de peso e alertar o proprietário imediatamente.
Sim, existem cães que precisam ser acompanhados com maior atenção:
• Raças com maior propensão (ex. Labradores, raças pequenas de companhia, os cães de guarda,…).
• Cães com uma alimentação desequilibrada: alimento muito apetitoso administrado à vontade, oferta de petiscos ou de sobras de refeições…
• Cães com atividade física reduzida: animais idosos, cães que vivem em apartamentos ou com doenças debilitantes (respiratórias, cardíacas, locomotoras, etc.).
• Cães e cadelas esterilizados.
O termo “obeso” reveste-se de uma conotação pejorativa, mas o proprietário do animal deve compreender que a obesidade se trata de uma doença. Assim, torna-se mais fácil para o proprietário ouvir termos como “excesso de peso”, ou dizer que o animal “está bem rechonchudo para o seu tamanho”. Qualquer que seja o termo empregado, o mais importante é que o proprietário entenda as consequências da doença.
Fonte: Royal Canin