Hipertireoidismo felino
- 17 mar 2022
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Quem não gosta de um quintal bem cuidado, com plantas e flores para garantir o embelezamento do lugar, sem contar a sombra para refrescar o ambiente? Se você faz parte desta legião e vive na companhia de cães ou gatos, precisa, então, tomar muito cuidado. Existem espécies de vegetais que podem colocar a saúde do pet em risco.
Algumas plantas possuem substâncias tóxicas capazes de intoxicar os animais de estimação. Tudo bem que cães e gatos não sejam herbívoros, mas a curiosidade em determinada fase da vida deles, como o hábito de morder, faz a ocasião. E aí mora o perigo, pois plantas que causam intoxicação com maior frequência geram sintomas sintomas como vômito, febre e paralisia, podendo até mesmo provocar a morte do animal.
Isso foi o que identificou pesquisa feita pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). O estudo listou uma série de plantas que podem intoxicar os animais, como você pode conferir na relação abaixo.
Se o problema acontecer com o seu pet, a melhor solução é levá-lo logo para o médico-veterinário, uma vez que cada planta causa uma resposta diferente no organismo dos animais.
Todas as partes da planta possuem ocalato de cálcio, um princípio ativo que oferece riscos à saúde dos animais. Os principais sintomas são queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação, vômitos e diarreia.
Considerada símbolo da cidade de São Paulo, seu princípio ativo é a andromedotixina, cuja ingestão pode causar distúrbios digestivos e alterações cardíacas no animal.
Apenas o toque nessa flor pode causar lesões cutâneas e conjuntivite nos animais. Além disso, a ingestão causa náuseas, vômitos e gastroenterite. Isso tudo por possuir o princípio ativo ‘latex irritante’, que tem um aspecto leitoso e é composto por ésteres de diterpeno.
Pode parecer inofensivo, mas o copo-de-leite causa irritação das mucosas, dor severa e até edema de glote nos animais domésticos. A planta tem em sua composição oxalato de cálcio e saponinas.
A planta ornamental é muito usada em jardins, porém a espada-de-São-Jorge contém glocosídeos pregnâncios e saponinas esteroidais, substâncias que se ingeridas causam dificuldade de movimentação e respiração devido a irritação na mucosa e salivação intensa.
Existem glicosídeos cardioativos em todas as partes da planta e eles são responsáveis por causar arritmias, vômito, diarreia, perda da coordenação muscular, dificuldades respiratórias, paralisia. O animal pode até morrer. Os sintomas aparecem de 1 a 24 horas após a ingestão.
Todas as partes do lírio são tóxicas. Os sinais de intoxicação nos animais são irritação oral, sensação incômoda e coceira na pele ou mucosas, irritação ocular, dificuldade para engolir e, em casos mais graves, dificuldade de respirar. A flor pode chegar a causar alterações das funções renais e neurológicas.
É proibido cultivar a Cannabis sativa no Brasil, no entanto a planta aparece entre as que mais intoxicam animais. O que acontece é que muitas vezes o animal, perto de usuários, acaba inalando a fumaça da maconha ou então ingere pedaços da planta. O princípio ativo tóxico na droga é o THC (Tetraidrocanabinol), que age no sistema nervoso central. Os sintomas nos animais são depressão, desorientação, transtorno neurológico com falta de coordenação de movimentos e equilíbrio, e pode levar ao coma. A pupila do animal fica dilatada e ele pode ter fotofobia (sensibilidade a luz).
A mamona tem em suas sementes e suas folhas perigosos princípios ativos que, se ingeridos, atacam o sistema nervoso. O pet pode vomitar, salivar em excesso, ter diarreia, sensibilidade abdominal, cólicas, desidratação, sangramento nas fezes e elevação da temperatura corporal.
As folhas e os frutos verdes possuem alcaloide tomatina, uma toxina que pode causar arritmias cardíacas, dificuldade de respirar, salivação abundante, diarreia e vômito. Porém, quando os tomates verdes ficam maduros, a tomatina se transforma em um composto inerte.
Os sintomas que aparecem no animal em caso de ingestão da violeta em grandes quantidades são severas gastrites, depressão circulatória e respiratória, além de diarreia e vômito. O problema está nos princípios ativos violinha, ácido tânico e salicílico.