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Pets em casa ajudam na saúde do coração de tutores

  1. 10 jul 2015
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Pets em casa ajudam na saúde do coração de tutores

Amizade, companheirismo, fidelidade, momentos de felicidade e muita alegria. Se não bastassem esses elementos nesta longa convivência de seres humanos e animais de estimação, os efeitos terapêuticos são cada vez mais evidentes nesta relação que já vem de longa data. A literatura da área de Medicina Veterinária está cheia de casos, relatos e estudos sobre tais benefícios.

Um novo estudo, desta vez feito por pesquisadores japoneses, constata que pessoas com doenças cardíacas crônicas que têm em casa um animal de estimação parecem ter corações mais saudáveis do que aqueles que vivem sem a companhia em casa de um pet.

Na pesquisa publicada no American Journal of Cardiology, os cientistas que estudaram quase 200 pessoas descobriram que aqueles que tinham um pet contavam com mais variabilidade do ritmo cardíaco do que os que não tinham um animal.

Isso significa que seus corações respondem melhor às exigências das mudanças corporais, como bombear sangue mais rapidamente em situações de estresse. Uma variabilidade reduzida está associada ao maior risco de morrer por problemas do coração.

Naoko Aiba, da Universidade de Kitasato, no Japão, um dos autores da pesquisa, conta que entre os pacientes com doença coronária, os donos de mascotes mostram uma sobrevida um ano maior do que os que não têm bichos.

No estudo, a equipe avaliou 191 pessoas com diabetes, pressão arterial elevada ou colesterol alto durante 24 horas usando um monitor cardíaco durante todo o tempo. A faixa etária estava entre 60 e 80 anos.

Os pesquisadores também perguntaram sobre as atividades diárias e sobre se tinham ou não animais domésticos. Nos donos de pets, cerca de 5% das batidas do coração diferiam em 50 milésimos de segundo em extensão, contra 2,5% dos que não tinham animais. Isso significa que o ritmo cardíaco mudava menos.

Até agora, não se sabe o que causa a diferença. Pode ser em função dos animais, ou pode ser que haja diferenças entre os que escolhem ter pets e os que não querem bichos.

“Suponho que os mascotes são uma forma de apoio social, e por isso reduzem o estresse e podem satisfazer algumas necessidades de companhia”, disse Judith Siegel, da Faculdade de Saúde Pública da UCLA, que não participou do estudo.

Em entrevista a um jornal, ela acrescentou que não crê que ninguém tenha uma boa referência sobre essas discrepâncias. Os autores ressalvam que eles seguiram os voluntários apenas por um dia e que outros fatores deveriam ser levados em conta, como diferenças potenciais entre os tipos de animais.

Para Erika Friedmann, da Escola de Enfermagem da Universidade de Maryland, considera que o estudo dá um passo em algo já conhecido – a conexão entre ter um mascote e saúde. Segundo ela, estamos entrando na vida diária da pessoa, e isso é emocionante. Ela não participou da equipe que realizou a pesquisa.

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