Hipertireoidismo felino
- 17 mar 2022
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Qual criança nunca pediu um bichinho de estimação? A presença de um mascote, seja um peixinho, um passarinho, pequenos roedores, gatos ou cachorros, muda a rotina de uma casa e também do ambiente, mas é uma mudança benéfica. Estudos comprovam que a convivência com animais de estimação desde cedo traz benefícios tanto para a saúde física quanto emocional, ao estimular a criança a desenvolver noções de responsabilidade com o outro, tornando-as mais afetuosas, altruístas, sensíveis e sociáveis, comportamentos que permanecem na vida adulta.
A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) consultou especialistas para ajudar as famílias a entenderem o momento certo de adquirir um pet. A psicóloga, mestre em psicologia da Saúde e doutora em psicologia clínica, Déria Oliveira, explica que o contato com animais ajuda no processo de desenvolvimento da criança.
“Os pequenos ampliam suas habilidade sociais, apresentam um melhor desenvolvimento motor, aprendem valores como cuidar e amar incondicionalmente, além de ter ganhos na autoestima”. Para colher os bons frutos dessa relação, é preciso considerar que o mascote ideal requer atenções especiais, e vale inserir a criança nessa rotina, dividindo responsabilidade nos cuidados conforme a idade.
A partir dos 3 anos, elas podem ajudar em tarefas simples, como participar da hora da alimentação e, conforme o amadurecimento, os pais podem e devem passar outros tipos de responsabilidades. “É importante perceber que a decisão real não é sobre ter um pet, mas sim ensinar a criança a ter empatia, já que ela aprende muito sobre si mesma por espelhamento.
Reconhecer o animalzinho como outro ser com necessidades diferentes, mas que assim como ela sente fome, frio, alegria, solidão, é fundamental para seu desenvolvimento”, explica Luciana Kie, psicóloga e psicanalista.
“Não existem prós e contras a se pesar em relação à perspectiva da criança, mas é preciso que haja uma plena concordância dos responsáveis. Se esse animal de estimação for para estimular o desenvolvimento sócio afetivo da criança e for bem acolhido, sem dúvida é um ótimo presente. Mas se esse animal for para alguma barganha, como qualquer outro presente que não deveria ser dado, é melhor repensar” orienta a psicóloga Patrícia Serra Cypriano.
Vale lembrar que, após datas comemorativas, o número de animais abandonados costuma aumentar. “A posse responsável é muito importante, já que os animais não são brinquedos descartáveis”, lembra Sophia Porto Kalaf, voluntária da ONG Vira-Lata é Dez.
Graduanda em psicologia, Sophia endossa o coro sobre a importância do convívio das crianças com animais, mas resalta que a decisão de adotar um amiguinho é uma responsabilidade que pode durar, em média, 12 anos, e cabe aos pais decidir se a criança está preparada para ter um bichinho ou não, e que eles não devem atender o desejo do filho de ter um pet caso não estejam de total acordo.
Segundo Déria Oliveira, optar por ter um pet é uma decisão que precisa ser bem pensada. “O tutor precisa gostar do animal, porque ele levará um tempo para se adaptar à residência e à dinâmica familiar. Requererá afeto e muitos cuidados com alimentação adequada, vacinação, consultas veterinárias, passeios – dependendo da espécie do animal, entre outros. No entanto aqueles que gostam e os possuem têm fiéis companheiros e compreendem o significado do termo amor incondicional”.