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Riscos do chocolate para os pets

  1. 12 ago 2021
  2. 1745
Riscos do chocolate para os pets

Na hora do almoço, do lanche ou de comer um doce na sobremesa, quem nunca se deparou com um olhar guloso de cães e gatos que fazem parte das nossas vidas. Eles salivam e babam, doidos para dar aquela mordida no petisco. Ou até mesmo naquele docinho que usamos para rebater o paladar. No caso dos doces, por exemplo, assim como comidas bem temperadas, muito cuidado, pois isso pode comprometer a saúde do animal.

Negar uma simples lambida em um doce ou em um pedaço de chocolate não deve deixar você com um “grilo” na cuca, com a consciência pesada. Um estudo da instituição inglesa People’s Dispensary for Sick Animals revelou que 87% dos donos têm o hábito de dar doces aos animais de estimação, o que leva 2,5 milhões de cães e mais de 2 milhões de gatos ao sobrepeso no Reino Unido.

O problema, na verdade, vai muito além do sobrepeso e, sobretudo com o chocolate, vale um importante alerta: o doce, ao contrário do prazer que proporciona às pessoas, pode prejudicar, e muito, a saúde dos animais.

O chocolate é um alimento produzido com base na amêndoa fermentada e torrada do cacau (theobroma cacao). O produto traz em sua composição carboidratos, lipídios, aminas biogênicas, neuropeptídeos e metilxantinas (teobromina e cafeína), que são metabolizados de forma diferenciada no organismo de humanos e no de animais.

Na sua composição, o chocolate contém substâncias, como as metilxantinas, maiores responsáveis pela intoxicação nos cães, e também a teobromina, uma substância que pode ser nociva aos cães e gatos, devido à incapacidade de metabolização. Essa substância fica acumulada no organismo e sua concentração pode ser tóxica e fatal.

Outra observação importante é que, quanto mais escuro o chocolate for — o meio amargo, por exemplo — mais teobromina ele possui e, portanto, apresenta maior risco de intoxicação. A concentração de teobromina no chocolate é de três a quatro vezes maior que a de cafeína. Ambas, no entanto, contribuem para a síndrome clínica que acontece na toxicose por chocolate.

O chocolate ao leite possui 154 mg/100g de teobromina e o meio amargo, cerca de 528 mg/100g. Já o chocolate branco, contém a menor parte da substância: de 0,1 miligrama por um grama de chocolate, visto que possui pouco cacau em sua fórmula.

O que mais tem açúcar é o chocolate branco, com uma concentração de 0,005%. Em cães, a dose tóxica é de 100 a 165 mg/kg e em gatos, de 80 a 150 mg/kg. Mas apenas 20 mg/kg já é suficiente para gerar sinais clínicos leves. Além disso, a teobromina pode permanecer no organismo por até seis dias. Em consequência disso, doses repetidas em dias sucessivos também podem levar à intoxicação.

O tamanho do animal é outra questão que pode influenciar no processo de intoxicação. Os animais de pequeno porte são os casos mais comuns, por conta da maior quantidade de chocolate disponível em relação ao seu peso corporal.

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